A política de FH de devastação da indústria
nacional está deixando o Brasil cada vez mais distante e ausente
do mercado mundial. Estudo realizado pela Confederação
Nacional da Indústria (CNI) mostrou que o país despencou
do 26º para 67º lugar no ranking dos países que exportam
bens manufaturados, e revelou que a participação das
exportações brasileiras para os países que integram
a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento
Econômico desabaram de 0,57% para 0,39%.
Segundo o estudo, o país tem capacidade de concorrência em
apenas 49 grupos de bens manufaturados entre os 151 que compõem
a Classificação Uniforme de Comércio Internacional.
O trabalho da CNI - Desempenho Exportador da Indústria Brasileira
- fez uma comparação das vendas internacionais de produtos
manufaturados de 85 países para a OCDE entre 1989 e 1995.
Quando se trata dos produtos classificados de superdinâmicos (cuja
procura pelo mercado mundial cresceu 10%), o desempenho da indústria
nacional - sucateada pela política de FH - é desastroso:
dos 30 bens com esta classificação, o Brasil conseguiu disputar
em apenas quatro caindo para 55º do ranking, dividindo a posição
com Argélia, Líbia e Panamá. Já entre os produtos
mais procurados pelos países que integram a OCDE o Brasil amargou
a 58ª posição, participando em 9 dos 44 bens manufaturados.
O desempenho catastrófico das exportações industriais
brasileiras reflete a política de destruição e desnacionalização
do setor produtivo nacional iniciada por Collor e incrementada com mais
voracidade por FH, que para dar uma sobrevida ao seu plano econômico
arrombou o mercado brasileiro em
detrimento da sobrevivência
da indústria e do crescimento econômico. Ao mesmo tempo, o
governo de destruição nacional de FH impôs taxas de
juros estratosféricos para atrair o capital especulativo internacional,
que podem debandar em massa a qualquer momento, o suficiente para quebrar
a economia brasileira da noite para o dia.
Uma pequena mostra disso ocorreu em outubro passado, quando uma parte dos
agiotas saiu do país,
timidamente, para
cobrir o rombo no Sudeste Asiático. Para dar uma sobrevida a seu
plano pendurado ao capital especulativo, a equipe econômica de FH
baixou o pacote-arrocho, aumentando ainda mais as taxas de juros.
A entrega de setores estatais também contribuiu para o desempenho
sofrível das exportações, como a siderurgia e a mineração.
No caso dos lingotes e outras formas de ferro ou aço, a demanda
mundial cresceu 14,7% enquanto que a participação brasileira
encolheu 10,5%. A procura pelo grupo de ferro fundido, ferro esponjoso
e outros aumentou 11,8%, já a participação da indústria
nacional caiu 9,8%.