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As recentes atitudes do presidente argentino Carlos Menem tem causado grande
preocupação em diversos setores do governo brasileiro. Foram
3 as atitudes recentes:
- Pediu oficialmente a inclusão da Argentina na OTAN;
- Apoiou a idéia americana de intervir na Colômbia, oferecendo,
inclusive, tropas;
- Adotou medidas protecionistas contra produtos brasileiros.
Esta última, do protecionismo, até justificável e
lógica, não fosse o fato de ao mesmo tempo em que fecha suas
fronteiras para nossos produtos escancara para produtos americanos.
A atitude de apoiar a intervenção americana, vai de encontro
a princípios de auto-determinação. O goveno brasileiro
condenou qualquer intervenção, e o Exército Brasileiro
deu um não categórico aos generais americanos que propuseram
o envio de tropas nossas à região, numa força multinacional.
Talvez o maior problema seria a intervenção de tropas estrangeiras
(leia-se americanas) numa região muito próxima à fronteira
brasileira, na área amazônica, afetando diretamente nossos
interesses, pois sabe-se que existe grande interesse estrangeiro na nossa
amazônia. Questão de seguraça nacional. O apoio
de Menem irritou.
E a proposta de Menem de entrar na OTAN é, além de geograficamente
ridícula, uma outra preocupação pelo mesmo motivo
citado acima. Recentemente, o comandante do exército brasileiro
na Amazônia, ressaltou que o exército nunca esteve tão
preocupado com a possibilidade de intervenção estrangeira
na amazônia brasileira. E é realista em seu comentário.
Afirma que certamente o interventor seria a OTAN,
lidarada pelos EUA. E a Argentina, entrando na OTAN, criaria uma tensão
desnecessária com nosso país.
Bom, nenhum candidato à presidência argentina concorda com
as atitudes de Menem. Boa parte população e dos militares
argentinos tampouco. Só resta imaginar, então, que seria
um último tributo de Menem aos EUA antes de sair do mandato.
Os motivos, inconfessáveis. Porém, o resultados,
a desestabilização
do Mercosul, deixaria os yankees eternamente gratos.