Os “corredores de
desenvolvimento” consistem nos eixos de ligação entre as
áreas mais importantes em todos os aspectos, político, econômico,
social e estratégico. Alguns eixos surgiram naturalmente, devido
à vocação de algumas áreas em crescer. Ao traçá-los,
sempre esteve em mente a necessidade de desenvolvimento da região
e melhor integração com o resto do país. Em momento
algum se esqueceu da questão ecológica. Realmente, essas
atividades resultarão em impacto ecológico, porém,
o custo benefício é muito positivo. Isso se houver a devida
fiscalização e se os ecologistas se concentrarem em reduzir
esse impacto, agindo juntamente com os órgãos desenvolvimentistas.
Há também o fato de as áreas abrangidas pelo projeto
serem pequenas em proporção à imensidão amazônica.
Não se quer
aqui elogiar o governo federal, até porque, até agora, as
únicas instituições que demonstraram e demonstram
real fibra e dedicação em relação ao desenvolvimento
e ocupação da região são as Forças Armadas.
Mas o projeto é realmente muito importante para a tão abandonada
população amazônica, assim como para o restante do
país.
De outro lado, temos
os
“corredores ecológicos”, que consistem nas áreas da Amazônia
prioritárias para preservação. Desde o início
de sua atuação, muitos ecologistas e ONG’s do ramo, alguns
de maneira brilhante, vêm definindo essas áreas. Porém,
a partir do momento em que começou a enxurrada de ONG’s ecológicas,
entraram algumas de origem externa e interna extremamente suspeitas, financiadas
geralmente por capital estrangeiro, de origem igualmente suspeita, e deu-se
a chamada generalização dos problemas ecológicos (como
já abordado em artigo anterior). Juntamente com essa generalização,
e fazendo uso dela, deu-se início a uma sistemática inclusão
de áreas aos corredores ecológicos, de maneira bastante obscura.
Alguns ecologistas muito competentes, influenciados por essas ONG’s também
levantaram essa bandeira.
Além disso,
há um incremento substancial nas propostas de demarcação
de áreas indígenas, algumas necessárias, outras
uma vergonha. Um exemplo vergonhoso é a tão falada reserva
Ianomâmi, criada por pressão do governo americano, incrivelmente
grande, dotada de riquezas incalculáveis, como 90 % do nióbio
conhecido no mundo, entregue a apenas 8000 índios (é o que
dizem...).
Atualmente, as ONG’s
concentram-se em fazer aprovar, no congresso nacional e no senado, um projeto
que prevê a demarcação das áreas abrangidas
pelos corredores ecológicos e reservas indígenas, impondo
a total intocabilidade dessas áreas e proibindo, inclusive, em grandes
áreas, a entrada das Forças Armadas e de órgãos
federais. Partes desse projeto já tramitam em Brasília, com
grande lobby e pressão das ONG’s, de governos estrangeiros e de
parte da mídia (principalmente externa, mas já se observa
na nacional).
Levemos em conta agora
um ingrediente explosivo nessa combinação.
Os corredores ecológicos,
somados com as reservas indígenas, superpõe-se exatamente
aos corredores de desenvolvimento e às principais reservas naturais
amazônicas (principalmente minérios, minerais e petróleo).
Algumas áreas ocupam, inclusive, regiões de fronteira. Se
esse projeto for aprovado, estará criado um entrave permanente e
irreversível ao desenvolvimento, integração, proteção
e utilização da Amazônia pelos brasileiros. Restringir
nosso acesso a tais áreas seria, antes de tudo, uma agressão
à soberania nacional.
Considerando isso tudo
fica claro o objetivo do projeto: manter a região intocável
para posterior uso e exploração por parte das potências
dominantes, que financiam as falsas ONG’s. Seria um primeiro passo para
a tão ensaiada e conhecida intenção estrangeira de
internacionalizar a Amazônia. Uma invasão silenciosa sendo
permitida e facilitada por nós mesmos.
Ainda não é tarde para impedir, e uma postura mais firme do governo e do povo brasileiro é imprescindível. Cabe restringir a ação das falsas ONG’s ecológicas, cuja função é atrapalhar-nos, e facilitar o trabalho das legítimas, possibilitando um desenvolvimento sustentado, respeitando não só à natureza, mas também ao homem, ao povo da Amazônia, que não agüenta mais viver esquecido e isolado. E que nossos parlamentares ajam de maneira patriota, pra não dizer digna, refutando esses infames projetos que rondam a capital federal. Estará dado, assim, um convincente NÃO aos que pensam que a Amazônia, algum dia, sairá de nossas mãos.