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O problema ecológico na Amazônia:
verdades e mentiras
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- Rafael M. M. -
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O surgimento de uma "histeria ecologista" deu espaço para a entrada de falsários com interesses obscuros.
    Isto, somado à incompetência de alguns, gerou uma perigosa generalização dos principais problemas ecológicos da
    região, podendo criar entraves ao desenvolvimento e à integração da região com o resto país.

    Nas últimas décadas, notou-se um grande aumento na área devastada da floresta amazônica. Um fato preocupante, é verdade, pois se trata da maior floresta tropical do mundo. Porém, o surgimento de uma "histeria ecologista" deu espaço para a entrada de falsários com interesses obscuros. Isto, mais a incompetência de alguns, gerou uma perigosa generalização dos principais problemas da região.
    Atualmente, o movimento ecologista, de um modo geral, aponta como principais causadores da degradação do meio-ambiente da região:

 - A ação das mineradoras: os grandes pontos de mineração da região têm se expandido, e novos têm surgido. Esses complexos exigem uma boa malha rodoferroviária, gerando mais intervenção humana;
 - Garimpos de ouro causam degradações imensas, destruindo rios e grandes áreas, principalmente através da contaminação por mercúrio;
 - A extração de madeira tem sido uma constante. A ação das madeireiras ilegais é a que mais preocupa, derrubando grandes áreas;
 - O surgimento de grandes áreas de produção agropecuária tem acabado com grandes áreas de florestas;
 - O avanço da fronteira agrícola nacional, principalmente no norte de Mato Grosso e Goiás e sul do Pará;
 - O surgimento de novas estradas, ferrovias e hidrovias devido a todos esses fatores;
 - O surgimento de novas concentrações populacionais e aumento de outras existentes, também pelo mesmo motivo.

    Como pode-se observar, os problemas são apresentados de forma genérica, o que é um grande erro. De fato, todos os fatores acima agridem o ecossistema, mas pode-se apontar alguns que, apesar de tudo, são imprescindíveis para o desenvolvimento sócio-econômico da região Norte e para sua integração com o resto do país. Citemos:

 - A mineração (subsolo, principalmente) é conseqüência natural da abundância da região, e não faz sentido abrir mão de explorar tais riquezas. Além do mais, essas áreas nem sempre geram grande degradação. Empresas como a Vale do Rio Doce, quando fiscalizadas, costumam atuar de forma bem profissional, minimizando ao máximo o impacto ambiental;
 - A exploração da madeira, desde que feita de maneira rotacional, com reflorestamentos, sem concentrar-se numa mesma área (evitando esgotá-la), é perfeitamente viável. Já existem bons projetos nesses moldes;
 - O surgimento de áreas de produção agropecuária é essencial, e feito de forma racional, é perfeitamente plausível. Provavelmente, em breve, alguns estados da Amazônia despontarão como grandes produtores de alimento, pelo menos com condições de abastecer a região;
 - O surgimento de novas rodovias, ferrovias e hidrovias é crucial para o desenvolvimento regional, sua integração e o escoamento de sua produção.
 - E, finalmente, novas concentrações populacionais são conseqüência natural e também contribuem para o desenvolvimento.

    É importante salientar que todas essas atividades geram um aumento das ofertas de emprego e movimentação econômica. Também que para que sejam realmente benéficos, e para completar o surgimento de um desenvolvimento sustentado, é preciso combater os verdadeiros vilões, que são:

 - Os garimpos e mineradoras fora-da-lei;
 - As madeireiras ilegais e as que fazem uma exploração predatória;
 - O uso de técnicas incorretas e criminosas por vários produtores agropecuários, como as queimadas não controladas (esse problema não é exclusividade amazônico);
 - E, finalmente, reduzir a velocidade do avanço da fronteira agrícola.

    Também devem ser incentivadas outras ações, como expandir as atividades extrativistas não predatórias, de produtos da região, dentre muitas outras.
    Convém lembrar que, segundo diversos estudos, nos últimos anos notou-se que a devastação têm diminuído, e a floresta tem se recuperado sozinha em muitas áreas. Há cientistas que acreditam que a situação tende a se estabilizar, e que a idéia do breve desaparecimento da Amazônia já é irreal. Mas certamente isso só é possível se forem atacados os problemas corretos.

    Devido a todas as reais ameaças ao ecossistema da Amazônia, surgiram diversas Organizações Não-Governamentais ecologistas bem intencionadas, que realizam um excepcional trabalho na região.
Porém, foi provocada uma espécie de histeria ecologista (provocada principalmente por meios da imprensa, na maior parte no exterior, por motivos inconfessáveis), e surgiu uma enxurrada de ONG's *, algumas nem tão bem intencionadas. Estas, com patrocinadores desconhecidos ou suspeitos, quase todos estrangeiros, têm se mobilizado, e arrastando junto outras de boa índole, tentam emplacar a idéia da necessidade de total intocabilidade da Amazônia. Isso cria entraves ao desenvolvimento e à integração da região com o resto país. Essas ONG's também são responsáveis por boa parte da generalização dos alvos das campanhas ecológicas, como já citado acima, com o mesmo objetivo. Tal generalização contribui para a idéia de que toda ação na região é maléfica e para a idéia da intocabilidade.
    O movimento ecologista é necessário, e deve concentrar-se nos verdadeiros vilões.Também é preciso investigar as ONG's suspeitas, antes que seu número e influência aumente muito e não haja mais volta. Se isso não for feito, certamente estará dado um primeiro passo rumo à internacionalização da Amazônia, tirando do Brasil o direito de usufruir das riquezas dessa região, que certamente seriam o passaporte do Brasil para um futuro melhor.

  * ONG's : Organizações Não-Governamentais.
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