Nas últimas décadas,
notou-se um grande aumento na área devastada da floresta amazônica.
Um fato preocupante, é verdade, pois se trata da maior floresta
tropical do mundo. Porém, o surgimento de uma "histeria ecologista"
deu espaço para a entrada de falsários com interesses obscuros.
Isto, mais a incompetência de alguns, gerou uma perigosa generalização
dos principais problemas da região.
Atualmente, o movimento
ecologista, de um modo geral, aponta como principais causadores da degradação
do meio-ambiente da região:
- A ação das mineradoras:
os grandes pontos de mineração da região têm
se expandido, e novos têm surgido. Esses complexos exigem uma boa
malha rodoferroviária, gerando mais intervenção humana;
- Garimpos de ouro causam degradações
imensas, destruindo rios e grandes áreas, principalmente através
da contaminação por mercúrio;
- A extração de madeira
tem sido uma constante. A ação das madeireiras ilegais é
a que mais preocupa, derrubando grandes áreas;
- O surgimento de grandes áreas
de produção agropecuária tem acabado com grandes áreas
de florestas;
- O avanço da fronteira agrícola
nacional, principalmente no norte de Mato Grosso e Goiás e sul do
Pará;
- O surgimento de novas estradas,
ferrovias e hidrovias devido a todos esses fatores;
- O surgimento de novas concentrações
populacionais e aumento de outras existentes, também pelo mesmo
motivo.
Como pode-se observar, os problemas são apresentados de forma genérica, o que é um grande erro. De fato, todos os fatores acima agridem o ecossistema, mas pode-se apontar alguns que, apesar de tudo, são imprescindíveis para o desenvolvimento sócio-econômico da região Norte e para sua integração com o resto do país. Citemos:
- A mineração (subsolo,
principalmente) é conseqüência natural da abundância
da região, e não faz sentido abrir mão de explorar
tais riquezas. Além do mais, essas áreas nem sempre geram
grande degradação. Empresas como a Vale do Rio Doce, quando
fiscalizadas, costumam atuar de forma bem profissional, minimizando ao
máximo o impacto ambiental;
- A exploração da
madeira, desde que feita de maneira rotacional, com reflorestamentos, sem
concentrar-se numa mesma área (evitando esgotá-la), é
perfeitamente viável. Já existem bons projetos nesses moldes;
- O surgimento de áreas de
produção agropecuária é essencial, e feito
de forma racional, é perfeitamente plausível. Provavelmente,
em breve, alguns estados da Amazônia despontarão como grandes
produtores de alimento, pelo menos com condições de abastecer
a região;
- O surgimento de novas rodovias,
ferrovias e hidrovias é crucial para o desenvolvimento regional,
sua integração e o escoamento de sua produção.
- E, finalmente, novas concentrações
populacionais são conseqüência natural e também
contribuem para o desenvolvimento.
É importante salientar que todas essas atividades geram um aumento das ofertas de emprego e movimentação econômica. Também que para que sejam realmente benéficos, e para completar o surgimento de um desenvolvimento sustentado, é preciso combater os verdadeiros vilões, que são:
- Os garimpos e mineradoras fora-da-lei;
- As madeireiras ilegais e as que
fazem uma exploração predatória;
- O uso de técnicas incorretas
e criminosas por vários produtores agropecuários, como as
queimadas não controladas (esse problema não é exclusividade
amazônico);
- E, finalmente, reduzir a velocidade
do avanço da fronteira agrícola.
Também devem
ser incentivadas outras ações, como expandir as atividades
extrativistas não predatórias, de produtos da região,
dentre muitas outras.
Convém lembrar
que, segundo diversos estudos, nos últimos anos notou-se que a devastação
têm diminuído, e a floresta tem se recuperado sozinha em muitas
áreas. Há cientistas que acreditam que a situação
tende a se estabilizar, e que a idéia do breve desaparecimento da
Amazônia já é irreal. Mas certamente isso só
é possível se forem atacados os problemas corretos.
Devido a todas as reais
ameaças ao ecossistema da Amazônia, surgiram diversas Organizações
Não-Governamentais ecologistas bem intencionadas, que realizam um
excepcional trabalho na região.
Porém, foi provocada uma espécie
de histeria ecologista (provocada principalmente por meios da imprensa,
na maior parte no exterior, por motivos inconfessáveis), e surgiu
uma enxurrada de ONG's *, algumas nem tão bem intencionadas. Estas,
com patrocinadores desconhecidos ou suspeitos, quase todos estrangeiros,
têm se mobilizado, e arrastando junto outras de boa índole,
tentam
emplacar a idéia da necessidade de total intocabilidade da Amazônia.
Isso cria entraves ao desenvolvimento e à integração
da região com o resto país. Essas ONG's também são
responsáveis por boa parte da generalização dos alvos
das campanhas ecológicas, como já citado acima, com o mesmo
objetivo. Tal generalização contribui para a idéia
de que toda ação na região é maléfica
e para a idéia da intocabilidade.
O movimento ecologista
é necessário, e deve concentrar-se nos verdadeiros vilões.Também
é preciso investigar as ONG's suspeitas, antes que seu número
e influência aumente muito e não haja mais volta. Se isso
não for feito, certamente estará dado um primeiro passo rumo
à internacionalização da Amazônia, tirando do
Brasil o direito de usufruir das riquezas dessa região, que certamente
seriam o passaporte do Brasil para um futuro melhor.
* ONG's : Organizações
Não-Governamentais.
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